quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

SAÚDE DA MULHER

Medicamento para diabetes aumenta risco de fraturas em mulheres



Mulheres com mais de 65 anos que fazem uso de drogas da classe tiazolidinediona apresentaram maior risco de sofrer fratura

Um estudo do Hospital Henry Ford descobriu que mulheres com diabetes tipo 2 que tomam tiazolidinediona (TZD), uma classe de medicamentos comumente prescrita para tratar a resistência à insulina, podem estar em maior risco de desenvolver fraturas ósseas.

Depois de tomarem TZD durante um ano, as mulheres ficaram 50 % mais propensas a ter uma fratura óssea quando comparadas com os pacientes que não tomaram a droga, de acordo com resultados do estudo. A pesquisa também mostrou que entre as pessoas que fizeram uso do medicamento as mulheres com mais de 65 anos apresentaram maior risco.

"As mulheres mais velhas já estão em maior risco de osteoporose e fraturas relacionadas à doença, o que poderia explicar por que elas parecem ser as mais afetados pelos TZDs", disse o autor sênior do estudo, Keoki L. Williams.

As TZDs como a pioglitazona e a rosiglitazona ajudam a manter os níveis de glicose no sangue em equilíbrio, diminuindo a resistência à insulina e tornando os tecidos do corpo mais sensíveis aos efeitos do medicamento. A classe de drogas também diminuem a quantidade de glicose produzida pelo fígado em pacientes com diabetes tipo 2.

O novo estudo mostrou que, nos últimos anos, esse tipo de remédio tem sido associado a perda óssea e tem aumentado o risco de fraturas.

Para determinar a relação entre o uso de TZD e o risco de fraturas em pacientes com diabetes tipo 2, Williams e seus colegas conduziram um estudo retrospectivo de 2 de janeiro de 2000 a 31 de maio de 2007 com 19.070 pacientes do Sistema de Saúde Henry Ford. Entre o grupo de estudo, 9.620 eram mulheres e 9.450 eram homens.

Durante o período do estudo, 4.511 pacientes tiveram pelo menos uma prescrição para uma droga da classe. Os investigadores usaram dados de pedidos médicos mantidos eletronicamente para identificar fraturas ósseas não-traumáticas. O aumento do risco em mulheres apareceram após cerca de um ano de uso da droga.

A localização das fraturas neste grupo também era única. Normalmente, as fraturas relacionadas com a osteoporose envolvem as vértebras e o quadril. Este estudo, porém, encontrou que o uso de TZD em mulheres se associa com fraturas da extremidade distal superior e inferior. Resultados similares foram observados em mulheres tratadas com mais de 65 anos, que foram tiveram um aumento de 70 % de risco para o desenvolvimento de fraturas. Homens, independentemente da idade, não estavam com um risco maior de fraturas.


Fonte: Isaúde

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