Várias áreas do conhecimento têm tentado clarear o significado do conceito de poder, o que tem resultado em uma profusão de definições, por vezes conflitantes, nenhuma delas totalmente exaustiva. A confusão em torno de seu significado é agravada pela conotação negativa, de influência coercitiva, que o termo costuma evocar, ao invés de se vincular a uma qualidade que permite ou facilita o alcance ou realização de algo (1-2).
A literatura da Enfermagem também o discute, quase sempre focalizando a falta de poder, ou a inabilidade da profissão para usar o poder, seja o que tem ou o que poderia ter. Costuma-se, ainda, inter-relacionar o conceito com profissionalismo, por se acreditar que o poder reside no conhecimento e expertise relacionados com os domínios técnico, científico e interpessoal da prática profissional. Nessa acepção, ter poder permite que os profissionais da Enfermagem orientem sua prática e atuem de modo autônomo. Assim, aqueles que reconhecem e usam esse poder estão mais aptos a atingir metas pessoais e profissionais e a contribuir para que a profissão cumpra seus objetivos de servir à sociedade, além de promover a prática, o ensino e a pesquisa da área. Quando o poder não está presente ou não é utilizado, a decisão sobre o que É a Enfermagem e sobre o que os profissionais da área fazem ou deixam de fazer é tomada por outros, em geral externos à profissão (1).
Inegavelmente, há poder envolvido na prática da Enfermagem e na relação terapêutica que se estabelece entre os profissionais da área e a clientela. Existem pelo menos três dimensões de poder que os profissionais precisam ser capazes de desenvolver, de modo a contribuir para a qualidade do cuidado: poder sobre o conteúdo, sobre o contexto e sobre a competência da prática da Enfermagem (3).
Quanto ao conteúdo, o poder sobre ele é um atributo que se deve cultivar, se a meta é um exercício autônomo, pois é por meio dele (do conteúdo) que se eleva o status profissional; se define a área de domínio; e se alcança e mantém a autonomia profissional, entendida como “a liberdade de agir sobre o que se sabe” e considerada um elemento-chave na formação dos profissionais da Enfermagem.
Entretanto, dominar o conteúdo pode não ser suficiente para garantir poder aos profissionais da Enfermagem. Outra dimensão de poder está relacionada ao contexto da prática, uma vez que os resultados obtidos parecem ser melhores quando os profissionais da Enfermagem se sentem empoderados, isto é, quando se percebem significativamente envolvidos e participantes na tomada de decisões das instituições em que atuam.
Finalmente, há que se levar em conta a competência da prática da Enfermagem, considerada precursora tanto da autonomia, quanto do poder profissional, e que advêm do desenvolvimento do conhecimento da área, da experiência (perícia) e da formação e educação permanente.
O poder associado ao processo de cuidar da Enfermagem é indiscutível, pois está no cerne da profissão. Os pacientes são parte essencial desse tipo de poder. Sem pessoas que necessitam de cuidado à saúde, os profissionais da Enfermagem não teriam qualquer poder, pois ele só existe na interdependência e inter-relação profissional / paciente. Os profissionais da área devem compartilhar esse poder no processo de empoderamento das pessoas, não para dominá-las, coagi-las ou controlá-las. Deve-se, no entanto, compreender que o relacionamento profissional da Enfermagem / clientela é altamente contextual. No processo de empoderamento dos pacientes, os profissionais da Enfermagem algumas vezes margeiam a dominação / coerção / controle. Patricia Benner(4) afirma que se percebe a diferença entre essas situações quando se compreende que o processo de cuidar é contextual, específico e individual.
Parte da dificuldade que os profissionais da Enfermagem têm em se considerar empoderados pode ser atribuída a uma possível compreensão incompleta ou desvirtuada sobre o poder que lhe é conferido pelas normas legais que regulamentam a profissão, assim como à inabilidade para entender as qualidades e dimensões do poder associado ao cuidado da Enfermagem.
Assim, precisamos refletir sobre o significado e a importância do poder em nossas vidas profissionais, e desenvolver a competência técnica, científica, interpessoal e ético-política necessária à prática da Enfermagem, em nosso próprio benefício, dos nossos pares e, muito especialmente, das pessoas de quem cuidamos.
É o que a Associação Brasileira de Enfermagem propõe como tema para discussão durante a 71ª Semana Brasileira de Enfermagem, a ser comemorada em 2010.
TEXTO PARA DOWNLOAD: http://www.abeneventos.com.br/arquivo/enfermagem_poder_cuidado.pdf
Fonte: Associação Brasileira de Enfermagem
Criei este blog com a finalidade de fornecer mais um espaço para a divulgação da ENFERMAGEM! Como todo ENFERMEIRO é um eterno educador, o blog oferecerá informações sobre saúde, educação e bem-estar. Informe-se e amplie seus conhecimentos!
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Seminário do Projeto Crescer
A grande participação dos profissionais de enfermagem no Seminário promovido pelo COREN-BA no Auditório do Centro Médico do Hospital Português, assegura a realização de outros Eventos deste porte ao longo de 2010.
Para Lucia Farias, coordenadora do Projeto, esta participação incentiva a investir cada vez mais no aprimoramento profissional, além de promover momentos de confraternização, que com certeza são favoráveis também à descontração, ao fortalecimento de amizades, às trocas de experiências e às reflexões necessárias ao nosso dia-a-dia, em constante contacto com a dor e a assistência aos nossos pacientes.
“Importante salientar que o êxito deste evento é creditado a todo o Plenário do Conselho que nos dá total apoio, a todos os Enfermeiros Fiscais que não medem esforços e aos demais funcionários do Conselho, que voluntariamente se dispõem a colaborar na medida das suas possibilidades”, ressalta a presidente, ao agradecer ainda à Diretoria do Hospital Português, que gentilmente cedeu o Auditório para a realização do Seminário.
Resumo das Palestras do segundo dia do evento:
Modelo de Gestão Interdisciplinar – proferida com brilhantismo pela Dra. Licia Cavalcanti, Diretora Médica do Hospital Santa Izabel, onde destacou a necessidade de que haja por parte das Instituições de saúde e de seus profissionais, uma visão sistema do processo administrativo, enfatizando a necessidade de que os profissionais abandonem as suas “zonas de conforto” e se empenhem em visualizar a Instituição como um todo.Neste modelo, todos os funcionários deverão ter consciência do seu valor e da sua necessária contribuição ao êxito da administração, devendo ser este entendimento também de toda a Diretoria.
NR-32 Direito à Segurança e à Saúde dos Trabalhadores da Enfermagem – tema abordado pelo Enfo. do trabalho e fiscal do COREN-MG, Marcos Rubio, chamou a atenção para a necessidade de conhecimento da Norma por parte dos profissionais, com vistas a fazer valer direitos já assegurados por Lei, como uso de equipamentos de proteção individual, condições adequadas de trabalho, e outros que no dia a dia passam desapercebidos, gerando uma sub-notificação de situações às Superintendências Regionais de Trabalho, responsáveis pela fiscalização da aplicabilidade da Lei. Entende que por medo de represálias e por desconhecimento, muitas situações irregulares permanecem sem correção, exatamente pela não notificação.
A Enfermagem e o Transplante de Órgãos e Tecidos – muito bem explanada pela Enfa. América Carolina Brandão de Melo, especialista em doação, captação e transplantes de órgãos, com larga experiência no Hospital Israelita Albert Einstein em S.Paulo. Explicou sobre a importância da Enfermagem nestes Serviços, ressaltando a necessidade de conhecimento e envolvimento dos profissionais da área de assistência na identificação de possíveis doadores. Finalizou sua fala com a seguinte reflexão:“Faça do fim um recomeço. Deixe uma herança capaz de salvar vidas”
Fonte: COREN-BA
Para Lucia Farias, coordenadora do Projeto, esta participação incentiva a investir cada vez mais no aprimoramento profissional, além de promover momentos de confraternização, que com certeza são favoráveis também à descontração, ao fortalecimento de amizades, às trocas de experiências e às reflexões necessárias ao nosso dia-a-dia, em constante contacto com a dor e a assistência aos nossos pacientes.
“Importante salientar que o êxito deste evento é creditado a todo o Plenário do Conselho que nos dá total apoio, a todos os Enfermeiros Fiscais que não medem esforços e aos demais funcionários do Conselho, que voluntariamente se dispõem a colaborar na medida das suas possibilidades”, ressalta a presidente, ao agradecer ainda à Diretoria do Hospital Português, que gentilmente cedeu o Auditório para a realização do Seminário.
Resumo das Palestras do segundo dia do evento:
Modelo de Gestão Interdisciplinar – proferida com brilhantismo pela Dra. Licia Cavalcanti, Diretora Médica do Hospital Santa Izabel, onde destacou a necessidade de que haja por parte das Instituições de saúde e de seus profissionais, uma visão sistema do processo administrativo, enfatizando a necessidade de que os profissionais abandonem as suas “zonas de conforto” e se empenhem em visualizar a Instituição como um todo.Neste modelo, todos os funcionários deverão ter consciência do seu valor e da sua necessária contribuição ao êxito da administração, devendo ser este entendimento também de toda a Diretoria.
NR-32 Direito à Segurança e à Saúde dos Trabalhadores da Enfermagem – tema abordado pelo Enfo. do trabalho e fiscal do COREN-MG, Marcos Rubio, chamou a atenção para a necessidade de conhecimento da Norma por parte dos profissionais, com vistas a fazer valer direitos já assegurados por Lei, como uso de equipamentos de proteção individual, condições adequadas de trabalho, e outros que no dia a dia passam desapercebidos, gerando uma sub-notificação de situações às Superintendências Regionais de Trabalho, responsáveis pela fiscalização da aplicabilidade da Lei. Entende que por medo de represálias e por desconhecimento, muitas situações irregulares permanecem sem correção, exatamente pela não notificação.
A Enfermagem e o Transplante de Órgãos e Tecidos – muito bem explanada pela Enfa. América Carolina Brandão de Melo, especialista em doação, captação e transplantes de órgãos, com larga experiência no Hospital Israelita Albert Einstein em S.Paulo. Explicou sobre a importância da Enfermagem nestes Serviços, ressaltando a necessidade de conhecimento e envolvimento dos profissionais da área de assistência na identificação de possíveis doadores. Finalizou sua fala com a seguinte reflexão:“Faça do fim um recomeço. Deixe uma herança capaz de salvar vidas”
Fonte: COREN-BA
Parceria promove capacitação aos profissionais de enfermagem
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (COREN-RJ) firmou parceria com a SOBENFeE (Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética) com objetivo de direcionar ações visando à melhoria da qualidade de assistência em enfermagem.
Entre as iniciativas está a criação de um centro de capacitação e atualização para profissionais de nível médio e superior de todo o estado na sede do COFEN, no Rio.
A parceria visa ainda a promover a prevenção e o tratamento de feridas, suprindo a grande demanda e incidência de lesões, como úlcera por pressão, pé diabético, úlceras venosas etc. Participaram da reunião o presidente do COREN-RJ, Pedro de Jesus Silva; a conselheira Glacy Kelly Bisaggio; a presidente da SOBENFeE, Mara Blanck; e a enfermeira Silvana Vivacqua.
Fonte: COREN-RJ
Entre as iniciativas está a criação de um centro de capacitação e atualização para profissionais de nível médio e superior de todo o estado na sede do COFEN, no Rio.
A parceria visa ainda a promover a prevenção e o tratamento de feridas, suprindo a grande demanda e incidência de lesões, como úlcera por pressão, pé diabético, úlceras venosas etc. Participaram da reunião o presidente do COREN-RJ, Pedro de Jesus Silva; a conselheira Glacy Kelly Bisaggio; a presidente da SOBENFeE, Mara Blanck; e a enfermeira Silvana Vivacqua.
Fonte: COREN-RJ
domingo, 31 de janeiro de 2010
ATO MÉDICO - RETROCESSO HISTÓRICO DO DIREITO À SAÚDE
O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), responsável pela representação da categoria dos enfermeiros em todo o Estado e em todos os níveis, Classe que congrega o maior exército da saúde do País, com 67 mil profissionais só no Estado, vem a público se posicionar quanto ao PL 7703-B, que dispõe sobre o exercício da medicina, conhecido como Ato Médico. O Projeto de Lei tem por objetivo definir as prerrogativas da medicina enquanto profissão e deve merecer o respeito do SEESP, desde que sofra as devidas alterações necessárias, uma vez que a sua atual redação afeta as demais profissões da saúde, já regulamentadas por lei.
A aprovação do PL na sua atual forma transfere ao médico atividades executadas atualmente por profissionais enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas entre outros, e que tiveram formação acadêmica para tal.
Para entender melhor, um exemplo claro disto é o fato de caso o paciente tenha uma determinada dieta prescrita somente o médico poderá alterá-la, e a nutrição será mera executora da vontade do médico.
Se por acaso for prescrita a punção de uma veia em determinado membro e não houver condições físicas no determinado local, o enfermeiro não poderá optar por outro acesso mais viável, pois estará praticando exercício ilegal da profissão. Mesmo no caso de ser uma medicação para atenuar a dor, caso muito comum em Prontos-Socorros. Outro exemplo é o caso da população da periferia, onde muitas vezes não há médicos suficientes. Essa população ficará sem qualquer tipo de atendimento inicial, pois qualquer procedimento necessitará de prescrição médica.
Quantas consultas serão necessárias para que se consiga uma fisioterapia? Primeiro o paciente passará pelo médico para prescrever, depois ele passará em consulta com o fisioterapeuta, depois retornará ao médico caso haja necessidade de alteração de tratamento, enfim o cidadão passará mais tempo tentado marcar consultas invés de propriamente se tratar.
Isso é um retrocesso histórico, pois acaba com o trabalho em equipe e prejudica a sociedade e o desenvolvimento do SUS, que foi uma conquista histórica do movimento sanitarista no país.
O projeto é lesivo, pois afronta o princípio constitucional da integralidade da assistência e do acesso universal aos serviços de saúde, o que exige a participação de toda a equipe de saúde e não só do médico. Coloca uma sobrecarga financeira para o orçamento da saúde pública e aumenta o lucro da saúde privada, além de ferir a liberdade do exercício profissional assegurada na Constituição Federal.
Assim, nós do SEESP consideramos tal projeto na forma como está redigido atualmente como uma maneira de fazer reserva de mercado, não importando o bem estar coletivo da sociedade, colocando o interesse privado a frente do interesse público e da sociedade brasileira.
Solange Caetano é presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP)
Fonte: Isaude.net
A aprovação do PL na sua atual forma transfere ao médico atividades executadas atualmente por profissionais enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas entre outros, e que tiveram formação acadêmica para tal.
Para entender melhor, um exemplo claro disto é o fato de caso o paciente tenha uma determinada dieta prescrita somente o médico poderá alterá-la, e a nutrição será mera executora da vontade do médico.
Se por acaso for prescrita a punção de uma veia em determinado membro e não houver condições físicas no determinado local, o enfermeiro não poderá optar por outro acesso mais viável, pois estará praticando exercício ilegal da profissão. Mesmo no caso de ser uma medicação para atenuar a dor, caso muito comum em Prontos-Socorros. Outro exemplo é o caso da população da periferia, onde muitas vezes não há médicos suficientes. Essa população ficará sem qualquer tipo de atendimento inicial, pois qualquer procedimento necessitará de prescrição médica.
Quantas consultas serão necessárias para que se consiga uma fisioterapia? Primeiro o paciente passará pelo médico para prescrever, depois ele passará em consulta com o fisioterapeuta, depois retornará ao médico caso haja necessidade de alteração de tratamento, enfim o cidadão passará mais tempo tentado marcar consultas invés de propriamente se tratar.
Isso é um retrocesso histórico, pois acaba com o trabalho em equipe e prejudica a sociedade e o desenvolvimento do SUS, que foi uma conquista histórica do movimento sanitarista no país.
O projeto é lesivo, pois afronta o princípio constitucional da integralidade da assistência e do acesso universal aos serviços de saúde, o que exige a participação de toda a equipe de saúde e não só do médico. Coloca uma sobrecarga financeira para o orçamento da saúde pública e aumenta o lucro da saúde privada, além de ferir a liberdade do exercício profissional assegurada na Constituição Federal.
Assim, nós do SEESP consideramos tal projeto na forma como está redigido atualmente como uma maneira de fazer reserva de mercado, não importando o bem estar coletivo da sociedade, colocando o interesse privado a frente do interesse público e da sociedade brasileira.
Solange Caetano é presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP)
Fonte: Isaude.net
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
O que é Enfermagem?
“A Enfermagem é ciência e arte. Fundamenta-se num corpo de conhecimentos e práticas abrangendo do estado de saúde ao estado de doença, e mediada por transações pessoais, profissionais, científicas, estéticas, éticas e políticas do cuidar de seres humanos" (Lima, 1993, p.21).
Enfermagem é a arte de cuidar e também uma ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe atividades de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde.
O conhecimento que fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser construído na intersecção entre a filosofia, que responde à grande questão existêncial do homem, a ciência e tecnologia, tendo a lógica formal como responsável pela correção normativa e a ética, numa abordagem epistemológica efetivamente comprometida com a emancipação humana e evolução das sociedades.
Florence Nightingale definiu como objetivo da assistência de enfermagem manter a pessoa nas melhores condições possíveis, a fim de que a natureza possa atuar sobre ela. Fica desta forma delimitada a atuação de enfermagem ao cuidar, tendo-se clareza de que "existe cuidado sem cura, mas não existe cura sem cuidado".
Fonte: http://www.guiadeenfermagem.com.br/
Enfermagem é a arte de cuidar e também uma ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe atividades de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde.
O conhecimento que fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser construído na intersecção entre a filosofia, que responde à grande questão existêncial do homem, a ciência e tecnologia, tendo a lógica formal como responsável pela correção normativa e a ética, numa abordagem epistemológica efetivamente comprometida com a emancipação humana e evolução das sociedades.
Florence Nightingale definiu como objetivo da assistência de enfermagem manter a pessoa nas melhores condições possíveis, a fim de que a natureza possa atuar sobre ela. Fica desta forma delimitada a atuação de enfermagem ao cuidar, tendo-se clareza de que "existe cuidado sem cura, mas não existe cura sem cuidado".
Fonte: http://www.guiadeenfermagem.com.br/
Wanda de Aguiar Horta
Nasceu em 11 de agosto de 1926, natural de Belém do Pará. Permaneceu em Belém até os 10 anos de idade onde iniciou seus estudos primários no Colégio Progresso Paraense. Em 1936 a família Aguiar muda-se para Ponta Grossa, no Paraná, onde concluiu o curso no Colégio Regente Feijó da mesma cidade. Graduada pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, em 1948. Licenciada em história natural pela Faculdade de Filosofia, Ciências e letras da Universidade do Paraná, Curitiba em 1953. Pós-graduada em pedagogia e didática aplicada à Enfermagem na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, em 1962.
Doutora em Enfermagem, na Escola de Enfermagem Ana Néri da Universidade Federal do Rio de Janeiro com a tese intitulada "A observação sistematizada na identificação dos problemas de enfermagem em seus aspectos físicos", apresentada à cadeira de Fundamentos de Enfermagem, Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 1968. Docente-livre da cadeira de Fundamentos de Enfermagem, da Escola de Enfermagem Ana Néri da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 1968. Professora livre-docente, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, em 1970. Professora Adjunto, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, concurso realizado em 2 de abril de 1974. Trabalhou em diversas instituições no período de 1948 a 1958 entre as quais destacamos, Chefe de Enfermagem do Serviço de Enfermagem do Hospital Central Sorocabano, São Paulo, no período de 1954 a 1955 e como professora do Curso de Auxiliares de Enfermagem do Hospital Samaritano, São Paulo, no período de 1956 a 1958. Na escola de enfermagem da Universidade de São Paulo no período de 1959 a 1981, como professora auxiliar de Ensino da cadeira de Fundamentos de Enfermagem de 1959 a 1968, como Professor Livre Docente no período de 1970 a 1974, como Professor Titular das disciplinas Introdução à Enfermagem e Fundamentos de Enfermagem, no período de 1968 a 1974, como Professor adjunto de 1974 a 1977. Em 1981, ano do seu falecimento, foi proclamada Professor Emérito pela Egrégia Congregação da Escola de Enfermagem da USP.
A menina Wanda, cedo demonstrou possuir uma inteligência privilegiada. Precocemente estudiosa, procurava aprender a essência do que lhe era ensinado e por isso era muito elogiada por seus professores.Sua mensagem ultrapassou não só fronteiras geográficas, sendo estudada também a nível internacional, como também venceu as barreiras do tempo permanecendo ainda viva e atual.Horta buscou ao longo de sua trajetória criar e transmitir um conceito de enfermagem que englobasse os aspectos, muitas vezes conflitantes, de arte humanitária, ciência e profissão.Adorava dar aulas que eram sempre enriquecidas por sua cultura geral e científica e seu maior prazer era acompanhar os estágios dos alunos.Ao retornar à Escola de Enfermagem da USP, em 1959, começa a desenvolver o núcleo central de seu trabalho que constitui na elaboração de vasta fundamentação teórica para a enfermagem, culminando com a elaboração da Teoria das Necessidades Humanas Básicas.
Essa teoria é considerada o ponto alto de seu trabalho e a síntese da todas as suas pesquisas.A obra de Horta permite ser interpretada, na enfermagem brasileira, como um divisor de épocas - antes de se falar em teorias de enfermagem e depois, quando se fala sobre teorias de enfermagem construída por enfermeiros.Duas questões fundamentais foram perseguidas no trabalho de Wanda Horta. A primeira, a quem serve a enfermagem? Respondida finalmente em sua teoria como uma afirmação: "a enfermagem é um serviço prestado ao ser humano", e a segunda, com que se ocupa a enfermagem? Respondida então que "a enfermagem é parte integrante da equipe de saúde e como tal se ocupa em manter o equilíbrio dinâmico, prevenir desequilíbrios e reverter desequilíbrios em equilíbrio do ser humano".Em 1968 ela publica pela primeira vez seu próprio conceito de enfermagem: "Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torna-lo independente desta assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais".Suas realizações são tantas que se torna impossível enumerá-las.
Participou de muitas conferências em diversos pontos do país e no exterior, organização de cursos de graduação e pós-graduação em diversos estados brasileiros, o comparecimento em atividades culturais no Brasil e no exterior, a orientação de diversos trabalhos de pesquisa, participação em inúmeras comissões de estudo e bancas examinadoras.Horta enfrentou muitas resistências. As idéias desta pioneira pertubaram os baluartes conservadores da enfermagem. Inúmeras barreiras tiveram que ser vencidas. Para melhor divulgar suas idéias, criou e manteve de 1975 a 1979, sem apoio de qualquer órgão oficial, a revista Enfermagem em Novas Dimensões, onde divulgou 13 artigos e 22 editoriais.Esta publicação se tornou um marco editorial da enfermagem brasileira. Era uma revista dinâmica, de diagramação moderna, voltada para a divulgação e o estímulo à pesquisa científica na comunidade da enfermagem.Suas armas nesta batalha foram sua inteligência viva, seu carisma pessoal, sua disposição sem limites e seu entusiasmo pela enfermagem.Atravessou momentos difíceis, vitima de uma doença degenerativa, a esclerose múltipla, tendo vivido os últimos anos de sua vida em cadeira de rodas.Em fevereiro de 1981, quando se aposentou, o Professor Dr. Carlos da Silva Lacaz externou os sentimentos de todos os funcionários, professores e alunos da Escola de enfermagem dizendo do apreço que lhe era atribuído por dignificar a classe a que servia e, pela contribuição que havia dado ao desenvolvimento da enfermagem em nosso país, lhe outorgava o título de professor Emérito, a ser entregue posteriormente.Faleceu em 1981.
Doutora em Enfermagem, na Escola de Enfermagem Ana Néri da Universidade Federal do Rio de Janeiro com a tese intitulada "A observação sistematizada na identificação dos problemas de enfermagem em seus aspectos físicos", apresentada à cadeira de Fundamentos de Enfermagem, Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 1968. Docente-livre da cadeira de Fundamentos de Enfermagem, da Escola de Enfermagem Ana Néri da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 1968. Professora livre-docente, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, em 1970. Professora Adjunto, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, concurso realizado em 2 de abril de 1974. Trabalhou em diversas instituições no período de 1948 a 1958 entre as quais destacamos, Chefe de Enfermagem do Serviço de Enfermagem do Hospital Central Sorocabano, São Paulo, no período de 1954 a 1955 e como professora do Curso de Auxiliares de Enfermagem do Hospital Samaritano, São Paulo, no período de 1956 a 1958. Na escola de enfermagem da Universidade de São Paulo no período de 1959 a 1981, como professora auxiliar de Ensino da cadeira de Fundamentos de Enfermagem de 1959 a 1968, como Professor Livre Docente no período de 1970 a 1974, como Professor Titular das disciplinas Introdução à Enfermagem e Fundamentos de Enfermagem, no período de 1968 a 1974, como Professor adjunto de 1974 a 1977. Em 1981, ano do seu falecimento, foi proclamada Professor Emérito pela Egrégia Congregação da Escola de Enfermagem da USP.
A menina Wanda, cedo demonstrou possuir uma inteligência privilegiada. Precocemente estudiosa, procurava aprender a essência do que lhe era ensinado e por isso era muito elogiada por seus professores.Sua mensagem ultrapassou não só fronteiras geográficas, sendo estudada também a nível internacional, como também venceu as barreiras do tempo permanecendo ainda viva e atual.Horta buscou ao longo de sua trajetória criar e transmitir um conceito de enfermagem que englobasse os aspectos, muitas vezes conflitantes, de arte humanitária, ciência e profissão.Adorava dar aulas que eram sempre enriquecidas por sua cultura geral e científica e seu maior prazer era acompanhar os estágios dos alunos.Ao retornar à Escola de Enfermagem da USP, em 1959, começa a desenvolver o núcleo central de seu trabalho que constitui na elaboração de vasta fundamentação teórica para a enfermagem, culminando com a elaboração da Teoria das Necessidades Humanas Básicas.
Essa teoria é considerada o ponto alto de seu trabalho e a síntese da todas as suas pesquisas.A obra de Horta permite ser interpretada, na enfermagem brasileira, como um divisor de épocas - antes de se falar em teorias de enfermagem e depois, quando se fala sobre teorias de enfermagem construída por enfermeiros.Duas questões fundamentais foram perseguidas no trabalho de Wanda Horta. A primeira, a quem serve a enfermagem? Respondida finalmente em sua teoria como uma afirmação: "a enfermagem é um serviço prestado ao ser humano", e a segunda, com que se ocupa a enfermagem? Respondida então que "a enfermagem é parte integrante da equipe de saúde e como tal se ocupa em manter o equilíbrio dinâmico, prevenir desequilíbrios e reverter desequilíbrios em equilíbrio do ser humano".Em 1968 ela publica pela primeira vez seu próprio conceito de enfermagem: "Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torna-lo independente desta assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais".Suas realizações são tantas que se torna impossível enumerá-las.
Participou de muitas conferências em diversos pontos do país e no exterior, organização de cursos de graduação e pós-graduação em diversos estados brasileiros, o comparecimento em atividades culturais no Brasil e no exterior, a orientação de diversos trabalhos de pesquisa, participação em inúmeras comissões de estudo e bancas examinadoras.Horta enfrentou muitas resistências. As idéias desta pioneira pertubaram os baluartes conservadores da enfermagem. Inúmeras barreiras tiveram que ser vencidas. Para melhor divulgar suas idéias, criou e manteve de 1975 a 1979, sem apoio de qualquer órgão oficial, a revista Enfermagem em Novas Dimensões, onde divulgou 13 artigos e 22 editoriais.Esta publicação se tornou um marco editorial da enfermagem brasileira. Era uma revista dinâmica, de diagramação moderna, voltada para a divulgação e o estímulo à pesquisa científica na comunidade da enfermagem.Suas armas nesta batalha foram sua inteligência viva, seu carisma pessoal, sua disposição sem limites e seu entusiasmo pela enfermagem.Atravessou momentos difíceis, vitima de uma doença degenerativa, a esclerose múltipla, tendo vivido os últimos anos de sua vida em cadeira de rodas.Em fevereiro de 1981, quando se aposentou, o Professor Dr. Carlos da Silva Lacaz externou os sentimentos de todos os funcionários, professores e alunos da Escola de enfermagem dizendo do apreço que lhe era atribuído por dignificar a classe a que servia e, pela contribuição que havia dado ao desenvolvimento da enfermagem em nosso país, lhe outorgava o título de professor Emérito, a ser entregue posteriormente.Faleceu em 1981.
Desenvolvimento da Educação em Enfermagem no Brasil (Séc. XIX)
Ao final do século XIX, apesar de o Brasil ainda ser um imenso território com um contigente populacional pouco e disperso, um processo de urbanização lento e progressivo já se fazia sentir nas cidades que possuíam áreas de mercado mais intensas, como São Paulo e Rio de Janeiro.
As doenças infecto-contagiosas, trazidas pelos europeus e pelos escravos africanos, começam a propagar-se rápida e progressivamente.
A questão saúde passa a constituir um problema econômico-social. Para deter esta escalada que ameaçava a expansão comercial brasileira, o governo, sob pressões externas, assume a assistência à saúde através da criação de serviços públicos, da vigilância e do controle mais eficaz sobre os portos, inclusive estabelecendo quarentena revitaliza, através da reforma Oswaldo Cruz introduzida em 1904, a Diretoria-Geral de Saúde Pública, incorporando novos elementos à estrutura sanitária, como o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Soroterápico Federal, que posteriormente veio se transformar no Instituto Oswaldo Cruz.
Mais tarde, a Reforma Carlos Chagas (1920), numa tentativa de reorganização dos serviços de saúde, cria o Departamento Nacional de Saúde Pública, Órgão que, durante anos, exerceu ação normativa e executiva das atividades de Saúde Pública no Brasil.
A formação de pessoal de Enfermagem para atender inicialmente aos hospitais civis e militares e, posteriormente, às atividades de saúde pública, principiou com a criação, pelo governo, da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de Alienados do Ministério dos Negócios do Interior. Esta escola, que é de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal nº 791, de 27 de setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo à Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO.
As doenças infecto-contagiosas, trazidas pelos europeus e pelos escravos africanos, começam a propagar-se rápida e progressivamente.
A questão saúde passa a constituir um problema econômico-social. Para deter esta escalada que ameaçava a expansão comercial brasileira, o governo, sob pressões externas, assume a assistência à saúde através da criação de serviços públicos, da vigilância e do controle mais eficaz sobre os portos, inclusive estabelecendo quarentena revitaliza, através da reforma Oswaldo Cruz introduzida em 1904, a Diretoria-Geral de Saúde Pública, incorporando novos elementos à estrutura sanitária, como o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Soroterápico Federal, que posteriormente veio se transformar no Instituto Oswaldo Cruz.
Mais tarde, a Reforma Carlos Chagas (1920), numa tentativa de reorganização dos serviços de saúde, cria o Departamento Nacional de Saúde Pública, Órgão que, durante anos, exerceu ação normativa e executiva das atividades de Saúde Pública no Brasil.
A formação de pessoal de Enfermagem para atender inicialmente aos hospitais civis e militares e, posteriormente, às atividades de saúde pública, principiou com a criação, pelo governo, da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de Alienados do Ministério dos Negócios do Interior. Esta escola, que é de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal nº 791, de 27 de setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo à Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO.
Anna Nery
Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Província da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos.
Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, são convocados a servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presidência de Solano Lopes. O mais jovem, aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus serviços médicos em prol dos brasileiros.
Anna Nery não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província, colocando-se à disposição de sua Pátria. Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam. Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos.
Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no edifício do Paço Municipal.
O governo imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha.
Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880.
A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery que, como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam da mulher prisioneira do lar.
Fonte: Ellu Saúde
Florence Nightingale
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim.
No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.
Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris.
Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.
Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de inválida.
Dedica-se porém, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, consegue iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem em 1859.
Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos.
Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de fato a única pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções poderiam colocar nas mãos das enfermeiras. Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica.
Fonte: Ellu Saúde
No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.
Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.
Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de inválida.
Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos.
Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de fato a única pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções poderiam colocar nas mãos das enfermeiras. Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica.
Fonte: Ellu Saúde
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
CAMPANHA INSTITUCIONAL COREN-SP
É muito importante esta campanha realizada pelo COREN-SP, pois, infelizmente, ainda há muitas dúvidas sobre as categorias de enfermagem e suas atribuições. Neste vídeo é explicado de forma clara e sintetizada a importância de cada profissional de enfermagem.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Princípios Éticos Norteadores da Prática de Enfermagem
BENEFICÊNCIA ou BENEVOLÊNCIA: fazer o bem e evitar o mal para as pessoas ou sociedade; ajudar os outros a obter o benefício ou o que promova o bem-estar e reduzir riscos maléficos (danos).
NÃO-MALEFICÊNCIA: não causar mal ou dano ao paciente; distribuir benefícios da benevolência entre as pessoas.
FIDELIDADE: criação de confiança entre o profissional e o cliente; compromisso de ser fiel no relacionamento com o outro.
JUSTIÇA: ser equitativo e justo; igualdade de tratamento entre iguais e tratamento diferenciado entre desiguais, de acordo com a necessidade individual.
VERACIDADE: dizer sempre a verdade, não mentir e nem enganar; base de confiança entre indivíduos.
CONFIDENCIALIDADE: manter sob sigilo a informação de caráter pessoal obtida durante o exercício de sua função como enfermeiro e manter o cunho de segredo profissional dessa informação.
AUTONOMIA: liberdade individual a cada um de determinar suas próprias ações, de acordo com sua escolha; reconhecer sua competência para tomar decisões por parte dos profissionais; decisões tomadas de acordo com valores e convicções pessoais.
NÃO-MALEFICÊNCIA: não causar mal ou dano ao paciente; distribuir benefícios da benevolência entre as pessoas.
FIDELIDADE: criação de confiança entre o profissional e o cliente; compromisso de ser fiel no relacionamento com o outro.
JUSTIÇA: ser equitativo e justo; igualdade de tratamento entre iguais e tratamento diferenciado entre desiguais, de acordo com a necessidade individual.
VERACIDADE: dizer sempre a verdade, não mentir e nem enganar; base de confiança entre indivíduos.
CONFIDENCIALIDADE: manter sob sigilo a informação de caráter pessoal obtida durante o exercício de sua função como enfermeiro e manter o cunho de segredo profissional dessa informação.
AUTONOMIA: liberdade individual a cada um de determinar suas próprias ações, de acordo com sua escolha; reconhecer sua competência para tomar decisões por parte dos profissionais; decisões tomadas de acordo com valores e convicções pessoais.
Ética, Moral, Deontologia e Bioética
Ética
"É um conjunto de princípios morais que regem os atos do ser humano. É parte da filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É a ciência da moral."
Vasquez
"É um ramo da filosofia que estuda os juízos de apreciação que se referem à conduta humana, susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal. Compreende os comportamentos que caracterizam uma cultura ou um grupo profissional."
Oguisso e Schimidt
"É um dos instrumentos de que o homem lança mão para garantir a convivência social. É a reflexão que interpreta, discute e problematiza os valores, princípios e regras morais à procura do bom para a vida em sociedade."
Paulo Fortes
Ética pressupõe:
- Liberdade
- Responsabilidade
- Não ao preconceito
- Respeito a diversidade e pluralidade
- Humildade para aceitar o ponto de vista do outro
- Grandeza para reconhecer erros
- Diálogo inclusivo e participativo
Moral
"Moral é a normatização moral dos atos humanos práticos, dos costumes, dos deveres do homem individual e grupal."
Vasquez
"Moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, por uma convicção."
Gelain
"Valores humanos vividos, aprendidos por costume e uso e que é bom para a convivência social."
Fortes
Deontologia
"É a ciência que estuda os deveres de um grupo profissional."
Gelain
"É a ciência dos deveres aplicados às categorias profissionais."
Fortes
Bioética
"Bioética é uma ética aplicada que se ocupa das novas tecnologias na área das ciências médicas e da solução adequada dos dilemas morais por ela apresentada."
Clotet
"É a análise crítica das dimensões morais do processo de decisões no contexto da saúde e onde atuam os cientistas e biólogos."
Pessini
Bioética: ética da vida; aquela que questiona, que reflete e contempla os princípios éticos.Abrangência da Bioética: aspectos relacionados com o começo da vida, com a qualidade da vida, com a morte.
Princípios:
- Autonomia
- Beneficência
- Justiça
- Respeito à vida
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