sábado, 17 de abril de 2010

A Enfermagem Frente aos Avanços no Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas



Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em cada mil brasileiros terão algum tipo de câncer em 2010. Deste total, 52% atingirão mulheres e 48%, homens. Tais estimativas apontaram a importância da discussão do tema no 8º Congresso Brasileiro da Revista Nursing, que contará com a participação da Chefe da Divisão de Enfermagem do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional de Câncer (CEMO/INCA), Rita de Cássia Machado Torres. Conhecer a abordagem teórica das bases conceituais e técnicas da assistência de enfermagem em transplante de células-tronco hematopoéticas é de extrema importância para o profissional de enfermagem especializado em oncologia.

Pensando nos recentes números divulgados pelo INCA, a revista Nursing traz para a sua oitava edição do Congresso, a palestra da enfermeira Rita de Cássia Machado Torres que tem como objetivo apresentar os avanços no segmento de cuidado, atualizar os conhecimentos da assistência de enfermagem em TCTH, assim como relacionar as principais complicações com a evolução clínica do paciente, procedendo à respectiva assistência de enfermagem.

Intitulado "Avanços na Prática da Enfermagem", o 8º Congresso Brasileiro da Revista Nursing, com parceria do Hospital Sírio Libanês, ocorrerá nos dias 29 e 30 de abril de 2010 nas dependências do IEP- Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital, que está localizado na Rua Coronel Nicolau dos Santos, 69 - Bela Vista - São Paulo.





Fonte: nursing.com.br
DIA DE LUTA PELAS 30 HORAS FOI UM SUCESSO


Aproximadamente três mil profissionais da enfermagem brasileira (enfermeiros, técnicos e auxiliares) atenderam a convocação das organizações representativas e compareceram a Câmara Federal, ontem (13), para cobrar a votação imediata do Projeto de Lei 2295, que estabelece a carga horária dos trabalhadores da enfermagem em 30 horas semanais.

De acordo com os representantes do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), somente do sistema COFEN-CORENs mobilizou 56 ônibus para transportar a capital Federal dois mil e quinhentos trabalhadores, de todas as unidades da federação. As demais organizações representativas (ABen, CNTS, FNE e Sindicatos) também mobilizaram seus filiados.

Durante o período da manhã os profissionais da enfermagem se concentraram na frente do Congresso Nacional, de forma pacífica, onde promoveram um grande ato público que contou com a presença e o apoio de diversos deputados federais.

À tarde, nas dependências da Câmara Federal, enquanto uma comissão das entidades entregava ao presidente Michel Temer um abaixo assinado contendo 115 mil assinaturas em apoio ao PL 2295, os demais profissionais visitavam os gabinetes dos parlamentares esclarecendo o projeto e pedindo apoio.

O presidente da Câmara Federal elogiou a mobilização da enfermagem brasileira e explicou que o Projeto de Lei ainda não foi à votação no plenário porque oito Medidas Provisórias estão obstruindo, visto que elas (MPs), regimentalmente, trancam a pauta por gozarem de primazia nas votações. Temer prometeu colocar em votação o PL das 30 horas assim que ela for desobstruída, mas alertou para a pressão que vem sendo feita pelas Santas Casas e dos Hospitais que são contra a aprovação.

O Conselheiro Federal Antônio Marcos Freire destacou o sucesso da mobilização e pediu que os profissionais da enfermagem mantenham a pressão junto aos parlamentares federais dos seus estados. "Ontem foi um dia de luta que mostrou ao Congresso Nacional a força dos trabalhadores da enfermagem, pois somos quase um milhão e meio de profissionais", observou Freire.


Fonte: COFEN

domingo, 11 de abril de 2010

MANEQUINS COM SINAIS VITAIS AUXILIAM O APRIMORAMENTO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE



Eles possuem sinais vitais, tamanho e peso compatíveis com os de uma criança ou de um adulto, mas são apenas manequins construídos com alta tecnologia e manipulados por um sistema de computação de última geração. Esses bonecos - seis adultos e 16 infantis - se revezam em macas ou berçários dos laboratórios do Centro de Aprimoramento Profissional de Enfermagem (Cape), inaugurado em dezembro do ano passado pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), e se passam por pacientes dos "trainees", que procuram a instituição para melhorar conhecimentos e habilidades em tratar o doente e seus familiares.

Ao custo de R$ 6 milhões, o Cape é o único centro de formação gratuito do País. Todo o investimento foi feito com o dinheiro das contribuições mensais dos cerca de 360 mil profissionais de enfermagem inscritos no Coren-SP. "O conselho é um órgão regulador e fiscalizador, não educador. Mas queremos mudar essa visão", afirma o gerente do centro, Fernando César Mattos de Souza. "Queremos agir de forma preventiva e educar de antemão", diz.

Os treinamentos são feitos sob medida para o grupo que os solicitam e abrange os mais diversos campos de atuação do enfermeiro, como clínica médica, urgência e emergência, cirurgia, pediatria, gerontologia e obstetrícia.

NA PRÁTICA - Os alunos e profissionais podem assistir a aulas teóricas, em salas com quadros interativos e preparadas para receber até 20 cadeirantes, e praticar os ensinamentos nos laboratórios de simulação virtual e de habilidades.

Os manequins ficam no laboratório de habilidades. O monitor escolhe um caso para ser trabalhado e programa o computador. O manequim corresponde, alterando os sinais vitais, como pressão e batimentos cardíacos, exigindo que o trainee adote as medidas corretas para sanar o sofrimento. Um boneco bebê, por exemplo, pode começar a chorar e, mesmo com os procedimentos corretos, a ter a intensidade aumentada se não houver um ato de afeto por parte do profissional.

Na "maternidade", duas bonecas em tamanho natural são usadas para simular o parto normal, que pode ser de baixo risco a complicado, dependendo do nível de formação do grupo de treinamento. Mas não há quem não se encante com os bebês. Como bonecas mais reais, têm o peso de um recém-nascido saudável - com cerca de 3,5 quilos - e os membros molinhos, o que requer maior cuidado por parte do enfermeiro.

Rita de Cássia Silva Vieira Janicas, enfermeira de laboratório do Cape, ensina como se cada treinamento fosse uma experiência real. "Esse cenário é a própria celebração da vida", afirma Rita. E esse é um dos objetivos do curso: humanizar todo o atendimento, começando por nomear cada um dos manequins e dos casos sugeridos pela simulação virtual.

Aliás, existem 200 peças de partes do corpo humano disponíveis no laboratório de simulação virtual. Também com o auxílio do computador, programa-se um caso e o aluno ou profissional usa a peça e o software para treinar suas habilidades. No caso de uma punção, o programa verifica se a agulha entrou no ângulo certo, se foi descartada em local correto e informa, no final, erros e acertos.

Em caso de erro, mostra a falha e a forma certa de agir, garantindo a segurança no paciente. Como tudo é gravado, o aluno se vê e ele próprio se corrige com o auxílio do monitor do Cape. "Aqui, o aluno pode repetir o procedimento até se sentir seguro, usando o raciocínio clínico que terá de ter na prática", completa Rita.


Fonte: COFEN
Ministério da Saúde alerta para necessidade de reforçar vacinação contra a gripe pandêmica


Balanço parcial do Ministério da Saúde sobre a vacinação contra a gripe H1N1 mostra que 12.971.885 pessoas foram imunizadas, desde 8 de março, quando começou a estratégia nacional, até as 9h desta sexta-feira. O número representa 22,1% do público-alvo estimado para as três primeiras etapas, que é de 58.695.070 pessoas. A fonte dos dados é o sistema de informações do Programa Nacional de Imunizações, que é alimentado pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.


Os números foram apresentados pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que alertou para a necessidade de reforçar a imunização em três grupos que foram afetados de maneira importante pela gripe pandêmica em 2009. Até o momento, grávidas e doentes crônicos com menos de 60 anos têm cobertura de 41,1% e 32,8%, respectivamente.

Em 2009, o Brasil registrou 2.051 óbitos pela gripe pandêmica, dos quais 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Outra análise que chama atenção é que, nas gestantes, a mortalidade foi 50% maior que na população geral. Ao todo, morreram 189 grávidas no ano passado.

Com 66,1% de cobertura, até o momento, as crianças de seis meses a menores de dois anos têm um desempenho um pouco melhor. Mas também é importante reforçar a vacinação desse grupo, o que teve a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).

Em 2010, até o dia 3 de abril, foram registrados 361 casos de pessoas internadas com doença respiratória grave em todo o país. Mais da metade (56,2%) ocorreu na região Norte (203 casos). No mesmo período, houve 50 óbitos, nos estados do Pará (25), Paraná (8), Amazonas (6), Amapá (2), Maranhão (2), Minas Gerais (2), Goiás (1), Piauí (1), Ceará (1), Paraíba (1) e São Paulo (1).

Fonte: Ministério da Saúde
MS envia cinco toneladas de medicamentos para o Rio de Janeiro


O Ministério da Saúde destinou ao Rio de Janeiro mais de 5 toneladas de medicamentos e insumos destinados ao auxílio às pessoas desalojadas, desabrigadas e à situação de emergência em algumas localidades da capital fluminense e cidades do Estado. São ao todo 52 kits, suficientes para atender 26 mil pessoas por um período de três meses. Ainda, foi estruturado nos hospitais federais um esquema especial de atendimento a população atingida pelas chuvas, definido o envio de novas ambulâncias para a região, planejada uma campanha de esclarecimento sobre doenças causas pelas enchentes, e avaliado plano de reestruturação da rede de saúde atingida pelas chuvas.

Do total de kits, 22 já estavam no Rio de Janeiro e foram colocados a disposição das secretarias de saúde. O material será utilizado na capital e nas demais cidades atingidas pelas chuvas. Outros 30 kits estão sendo remanejados de outros estados. O material é composto por antibióticos, antiinflamatórios, antiparasitários, analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos, ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras, cateteres e seringas, entre outros componentes.

O Departamento de Gestão Hospitalar Federal no Rio de Janeiro (DGH) participa do esforço conjunto para atendimento das vítimas e colocou a disposição parte das 75 salas cirúrgicas dos hospitais federais (Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Lagoa, Ipanema e dos Servidores). Válida pelos próximos 20 dias, a medida deve auxiliar sobretudo nas áreas ortopédica e neurocirurgia.

A iniciativa é uma das diretrizes do Plano de Contingência para Chuvas, Catástrofes e Afins, da Rede Hospitala Federal, que inclui ainda medidas para evitar a interrupção do atendimento. Entre elas, a dobra na escala de profissionais – se houver necessidade. Há também a possibilidade de suspensão das cirurgias eletivas (sem caráter emergencial) já marcadas para permitir o atendimento dos casos urgentes provocados pelas chuvas. Devem ser oferecidas 230 cirurgias ortopédicas e 50 neurocirurgias durante os 20 dias.

O secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, esteve reunido com representantes do Estado e dos municípios atingidos e fez um sobrevôo acima das áreas mais afetadas.

Desse encontro, outras ações foram definidas como a antecipação da entrega de 50 ambulâncias do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgências). Do total, 30 delas serão enviadas amanhã para o Rio de Janeiro, 12, para a Baixada Fluminense, e 8, para a região de atendimento de Niterói.

O Ministério da Saúde também ficou encarregado de promover uma campanha na mídia sobre as doenças mais comuns nos casos de enchente e de água contaminada. São doenças que podem ter um período de incubação superior a uma semana, que devem ser vistas com a atenção adequada para evitar o seu agravamento.

Para o atendimento, serão envidadas para as equipes de Saúde da Família, das UPAs e outros profissionais de atendimento direto a população um manual de vigilância em saúde, com informações sobre o atendimento nessas situações.

Finalmente, os prefeitos da região comprometeram-se a produzir um relatório sobre dos danos causados pela chuva na rede pública de saúde. A partir dessa análise será elaborado um plano de reestruturação dos serviços de saúde.


Fonte: Ministério da Saúde