terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Entre jovens, epidemia de aids é mais feminina e gay

Na faixa etária de 13 a 19 anos, número de casos é maior entre as mulheres e, dos 20 a 24 anos, divisão por gênero é semelhante. Entre os homens, jovens se infectam mais em relações homossexuais


Os números mais recentes da aids no Brasil mostram que a epidemia, na década de 2000, comporta-se de forma diferente entre os jovens. Na população geral, a maior parte dos casos está entre os homens e, entre eles, a principal forma de transmissão é a heterossexual. Considerando somente a faixa etária dos 13 aos 24 anos, a realidade é outra. Na faixa etária de 13 a 19 anos, a maior parte dos registros da doença está entre as mulheres. Entre os jovens de 20 a 24 anos, os casos se dividem de forma equilibrada entre os dois gêneros. Para os homens dos 13 aos 24 anos, a principal forma de transmissão é a homossexual.


Diversos fatores explicam a maior vulnerabilidade dos jovens para a infecção pelo HIV. Entre as meninas, as relações desiguais de gênero e o não reconhecimento de seus direitos, incluindo a legitimidade do exercício da sexualidade, são algumas dessas razões.

No caso dos jovens gays, falar sobre a sexualidade é ainda mais difícil do que entre os heterossexuais. “Eles sofrem preconceito na escola e, muitas vezes, na família. Isso faz com que baixem a guarda na hora de se prevenir, o que os deixa mais vulneráveis ao HIV”, explica Mariângela Simão, diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Como uma resposta a essa realidade, o Ministério da Saúde e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulhres fará uma campanha publicitária por ocasião do carnaval, com mensagens dirigidas para esse público. Pela primeira vez, a ação terá dois momentos. No primeiro, veiculado uma semana antes dos dias de folia, as peças tratam do uso da camisinha. Na semana seguinte ao carnaval, outros materiais falarão sobre a importância de se fazer o teste anti-HIV quando se viveu alguma situação de risco.

Para incentivar o uso do preservativo entre os jovens de 16 a 24 anos, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou a Campanha de Prevenção e Enfrentamento da Aids no Carnaval 2010, no sábado, dia 6, na Vila Olímpica da Mangueira, no Rio de Janeiro. Com o slogan "Camisinha. Com amor, paixão ou só sexo mesmo. Use sempre." e tendo como garoto-propaganda um preservativo com a voz da atriz Luana Piovanni, a idéia é estimular o sexo seguro e diminuir as taxas de infecção, principalmente, entre as meninas e homens gays dessa faixa etária durante a folia que invade o país. No Carnaval 2010, serão distribuídos gratuitamente 55 milhões de preservativos em todo o Brasil.

“A campanha usa mensagem bem didática, para mostrar que o preservativo é uma maneira importante eficaz e segura de impedir a transmissão desta e de outras doenças sexualmente transmissíveis e também evitar uma gravidez indesejada. Principalmente no carnaval, onde lidamos com esta questão: uma mistura de desejo e brincadeira”, ressaltou o Ministro, lembrando que pela primeira vez a campanha também falará sobre a importância de se fazer o teste anti-HIV.

Esta etapa será veiculada a partir de Quarta-feira de Cinzas, e focada no público que não usou camisinha durante os festejos e que poderá recorrer ao teste anti-HIV. “É um teste rápido disponível para quem quiser fazer. Está garantida a confidencialidade e a preservação da individualidade. O principal objetivo é possibilitar que a pessoa saiba se está contaminada e como se deve tratar”, esclareceu Temporão.




Para mais informações acesse:
http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11093

Hotsite da campanha:
http://www.usesempre.com.br/

Fonte: Ministério da Saúde


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