quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Obesidade na adolescência e esclerose múltipla

Novas descobertas relacionam obesidade na adolescência com um risco aumentado de desenvolver esclerose múltipla


Novas descobertas relacionam a obesidade, especialmente no final da adolescência, com um risco aumentado de desenvolver esclerose múltipla (EM) mais tarde na vida.

Um estudo conduzido por Kassandra Munger, associado ao grupo de pesquisa do professor de epidemiologia e nutrição Alberto Ascherio, analisou a associação entre o tamanho corporal e o risco de EM em dois grandes grupos de mulheres.

No estudo, as mulheres com um índice de massa corpórea com indicativo de obesidade (IMC 30 ) tinham mais do dobro do risco de desenvolver esclerose múltipla, em comparação às mulheres que tiveram um índice de massa corpórea indicativo de tamanho corporal normal (IMC 18,5 a <21).

"As mulheres que eram obesas aos 18 anos tem um risco aumentado em dobro de EM, em comparação com as mulheres que tinham peso normal aos 18 anos", disse Munger. A obesidade na infância, adolescência, cedo ou mais tarde, na idade adulta, não parece ser tão importante como a obesidade nessa faixa etária na previsão de risco de EM.

Munger e seus colegas estudam a obesidade, porque encontram previamente que a vitamina D protege contra esclerose múltipla, e os obesos são acreditados por terem em menores níveis essa vitamina na circulação sanguínea. O estudo atual, no entanto, não estabelece se o baixo nível de vitamina D em obesos tem ligação com EM. Outro fator biológico a considerar é que o tecido adiposo tem propriedades antiinflamatórias, que podem afetar a função imune. Assim, o sistema imune pode se comportar de forma diferente quando o tecido excesso de gordura está presente no corpo.

Outras análises devem ser realizados para confirmar a aparente ligação entre obesidade e a esclerose múltipla, e determinar se podem ser generalizados à raça, sexo e populações geográfica diferente do estudo atual. "Este é, até agora, um estudo sobre esta associação, sendo importante que esses resultados sejam replicados em outras populações", explicou Munger.


Fonte: Isaude.net

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